quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vítor, meu querido amigo;


Faz hoje, 35 dias que lhe escrevi.  (11/8/2010)
Quando V. aqui esteve, em 6 do andante, com sua bela família, eu lhe falara que escreveria uma nova carta, em complemento, e informando sobre motivos não declarados na primeira. 
Daquela primeira carta, onde falei da minha vida escolar, eu fiz um documento com o objetivo de, distribuído nas diretorias e coordenadorias das escolas, seria lido, servindo de exemplo aos alunos que não estudam, que cabulam aulas, ou que resistem em levar a sério os seus estudos. Sabe o que aconteceu? Em cima desse documento, já fiz três palestras a colegiais, e sou convidado a fazer mais três, tal o sucesso alcançado. Como a matéria é de pouca extensão, eu faço mais uma palestra, escolhida pelos alunos e professores, para completar o tempo de uma aula.
Nessa carta que lhe mandei, eu não falei porque a minha família me deu tanto apoio para estudar.
O que é de verdade, é que ela queria se ver livre da minha presença, tantas as artes que eu praticava.!!!
               VAMOS, ENTÃO, A ALGUMAS ARTES:
Naquela época, existiam os tropeiros; gente que saia das suas fazendas, iam por esses brasis de Deus, pegando encomendas de cavalos, éguas, burros e mulas, que criavam em grande quantidade, e precisavam vender. Lembro-me que meu pai encomendara dois cavalos e quatro burros, todos novos e xucros. (Quer dizer, sem amansar). Uns dois meses depois, o homem, em companhia de dois piões, apareceu com a tropa, e no meio dela, os animais encomendados. Embora cansados da viagem, parecia que nunca tinham visto gente! Descansaram uns 15 dias, sob trato de lá, engordaram, verdadeiros capetas!
Combinei com o Lauro, meu irmão, ‘’Amanhã, às 4 da madrugada, vamos à cocheira, alguns camaradas tiram o leite de muitas vacas, eu vou ficar com o laço, e você toca os animais; quando passarem correndo, eu passo o laço! Dito e feito; o 1º que passou, justo o maior e mais bravo, já foi laçado! Ele ficou desesperado, pulava e rinchava como louco. Segurei firme o laço, e o laço passava por debaixo dos latões de leite derramando tudo! Foi uma grande enxurrada de leite, que levava junto os camaradas, que foram também derrubados com o laço!
Lembro-me que minha mãe chamou o meu pai, que voltara de viagem, e disse que não aguentava mais as artes dos meninos, sendo o pior deles o Mauro!
Lembro-me de tudo o que ela contou ao meu pai; falou da laçada, disse que quando eu ia com os camaradas capinar, ninguém trabalhava, ficando todo mundo ouvindo minhas histórias. Contou também, que eu levava montes de queijos para a escola. Lá, eles eram trocados por lápis de cor, borrachas e rapaduras, que não valiam nem 10 por cento do valor dos queijos! Contou muitas outras coisas que enfureceram meu pai.
                    AMBOS COMBINARAM O SEGUINTE:
Estudaríamos até meio dia, Escola Portuguesa; do meio dia pra tarde, Escola Japonesa. Assim, vamos ficar livres desses trogloditas o dia inteiro.
Meu pai chamou o professor japonês e combinaram tudo. A escola japonesa também funcionava na fazenda.
Logo nos primeiros dias de aula japonesa, o Lauro abandonou a escola. Meus pais não se incomodaram muito, porque ele não era tão nocivo.
Foi um idioma que freqüentei por 13 anos, mudando de escola e de cidade, buscando estudos mais avançados. Nesses estudos, eu sempre fui o 1º aluno. Isto, repercutiu no Japão, no espaço de 3 anos!
Escrevia e falava fluentemente a língua. Fazia palestras em cinemas japoneses, interpretando em japonês, as figuras que os filmes traziam.
Meu pai não parava em casa. Morávamos no mato, numa casa bem no top de um grande morro. Asfalto não existia. Quando chovia, as jardineiras cheias de gente, galinhas, cabritos e porcos, paravam lá em baixo. Lá o motorista colocava as correntes no pneu, engatava uma La. Reduzida, e subia soltando fogo!
Quando a jardineira começava a subir, saíamos do mato e pegávamos rabeira. Meu pai sempre falava do perigo de rabeira, e ameaçava com surra, se soubesse que seus filhos praticavam essa arte. Imagina só...
Um dia, amoitados, com chuva, ficamos lá embaixo; a corrente foi colocada, e, quando começou a subir, corremos para pegar a rabeira. O Lauro e o Waldomiro, conseguiram. Eu tropecei no barro, caí, e por mais que corresse, não consegui.
Levei mais de meia hora para chegar ao topo da subida. Quando cheguei, o Lauro e o Waldomiro já haviam apanhado muito. Meu pai tinha preparado esse flagrante! Quando cheguei, meu pai veio ao meu encontro, e disse: venha para apanhar também. Eu falei; não peguei, ele falou; não pegou, mas correu atrás com intenção de pegar; eu falei, corri para avisar meus irmãos que aquilo era perigoso!
Meu pai, emocionado, veio ao meu encontro, me abraçou e disse: você é um menino, mas já é um grande homem de muito juízo.
Meus irmãos e minha mãe ficaram revoltados, porque sabiam da minha farsa. Combinaram me dar uma surra, quando chovesse, e eu pegasse rabeira. Choveu, eu peguei, e quando cheguei lá em cima, os 3 me pegaram e me bateram. Fiquei revoltado com a injustiça e apedrejei a casa.
Um dia, não sei o que fizemos, meu pai pegou o flagrante. Só que ele mandou que cada um trouxesse uma vara para apanhar. O Lauro e o Waldomiro atenderam, foram surrados com as varas que trouxeram. Eu não levei uma vara. Levei um pau de lenha. Como não era possível apanhar com aquilo, meu pai me elogiou, falando pra minha mãe que eu era muito inteligente.
Pra ter uma idéia do que eu aprontava, meu avô proibiu minha entrada na sua fazenda. Quando lá ia, montava em tudo; no porco, no cabrito, no boi, no cavalo, em tudo! Um horror!!!
Este é um pouco da minha história – de um LIBRIANO, que diante de tudo o que aprontou, e do grande prestígio que desfruta em qualquer lugar por onde passa, é só mesmo por Deus, que ao me ajudar, leva em conta as minhas qualidades, que tudo supera. O Libriano é assim mesmo!
Por último, falo um pouco da minha mocidade: sempre bafejado e disputado pelas moças, respeitava-as, exaltava-as nas suas qualidades. Namorava, com moderação, nunca me deixando deslumbrar diante de galanteios interessados. Chegou a Diva, em um dia de 4/1949. Um dos resultados obtidos, figura você, meu Vitor querido.
Penso sempre em Deus, nos bons e nos momentos não tão bons. Procuro usufruir os momentos felizes com moderação, sem egoísmo. Respeito as minhas limitações, fazendo sobrar tempo para construir projeto de Evangelização, chamando para o sorriso, a harmonia e a participação. Porque cansei de ver o sisudo, a pessoa que perdeu o encanto de sorrir; cansei de ver em rodinhas, pessoas que pouco ou nada fazem, criticando o que é e o que não é. E cansei de ver o indivíduo agasalhado no seu conforto, pouco se incomodando com eventos que pululam o ano todo em Guareí, tratando dos mais variados assuntos de interesse de todos; cansei de assistir o desinteresse pelo diálogo em família e junto da sociedade. É por isso, que executo a Evangelização, que vai ao encontro dos ditames de Deus. Cansei de escrever, e encontrar em entes queridos, resistência na leitura.
                                                                                       Com meu abraço,
                                                                                        Mauro Martins

Querido Amigo Vitor,



Voltei de Jaguariúna, onde fui comemorar o Dia dos Pais, com boa parte da família.
­A alegria do encontro não foi total. Mais uma vez, você compareceu de modo rápido e esporádico, demonstrando não ter prazer na convivência entre entes queridos.
Vi sua mãe preocupada e angustiada, mostrando o seu pai, os mesmos sentimentos. Sei que eles fazem tudo o que podem para a proteção dos filhos, augurando futuro feliz para eles. Na escola, no trabalho, e no lazer.
As escolas que eu freqüentei, foi com grande dificuldade! O meu pai e minha mãe não podiam se de dedicar ao zelo do filho; não tinham carro e nem dinheiro para tomar uma condução. Mesmo assim, eu ficava contente e agradecido, quando permitiam que eu as freqüentasse, não exigindo que eu trabalhasse para ajudar a romper a pobreza.
Nas primeiras escolas, o sacrifício era extremo! Morávamos no mato, a 8 km, de distância. Levantava de madrugada, sempre com vontade, arreava um cavalo, e ia embora. Café da Manhã não existia!
Pegava o cavalo, o burro, a égua, a mula, ou aquele que estava mais fácil, para cumprir minha sagrada missão. Um dia, fui montado num boi. Foi um sucesso! Ele foi o único animal que consegui pegar. Faltar a aula? Nem pensar! As notas? Sempre as mais altas! Eu levava tudo muito sério, por ver a dificuldade da família, perdendo o ganho do meu trabalho.
Passando essa fase, fui ao trabalho remunerado, estudando a noite! Que sofrimento – sem reclamar!!! A fé e a gratidão venciam tudo!
Formado, nunca parei de estudar, procurando o aperfeiçoamento que a empresa exigia, mesmo nas escalas superiores de posição.
Por isso, a expressão: ‘’Não Sei”, nunca existiu. Portanto, eu me preparava para ocupar qualquer cargo.
Eu era imberbe e já era galgado às mais altas posições nas empresas por onde passei.
A minha preocupação em ver meus pais saudáveis, era constante. Queria sempre vê-los alegres, felizes e orgulhosos pelo filho concebido.
É dadivoso provocar alegria e orgulho, às pessoas que tanto me ajudaram. Nessa longa jornada, perdi meus pais e um irmão. Senti essas perdas, mas alegre por nunca tê-los magoado. A alegria que tiveram comigo, certamente, haverá de fazê-los felizes lá naquela importante dimensão.
Vítor, amigo; você nasceu ontem. Mas é um talento despercebido.
Se você não reconhece o talento que tem, nessa constante subestima as virtudes, pare para pensar. Leia! Estude! Interesse-se pelas coisas reais, deixando para o passado um gozo ilusório, um egoísmo impar, parecendo que as virtudes e a boa vivência são meras figuras sem valor.
Fale comigo; seja feliz, para carrear a felicidade no seio dessa grande família, que tudo tem feito para ser feliz.
                                                                                    
                                                                                                  Um beijo
                                                                                                     Mauro

terça-feira, 9 de novembro de 2010

GRATIDÃO – sentimento nobre.

Gratidão é de alcance amplo, diante dos dias vivenciados, principalmente nestes momentos eleitorais.
Nunca antes neste País, se viu tanto desprezo a este sentimento, como de certa época para cá.
Nós é que somos, nós é que fazemos, nós é que temos competência para tudo fazer. Os nossos antecessores nada fizeram... Está ai caracterizada a falta de decoro, a falta de respeito com a sociedade, e o desprezo total pela Gratidão! E continua o despautério:
Antes, tudo era ruim, mas hoje, tudo está ótimo! Faltam apenas alguns acertos, que serão completados com a vitória da minha candidata.
Se isto tudo fosse verdadeiro, os estudos da ONU e demais estudos de pesquisas, não apresentariam o País, sempre nos últimos lugares.
PIB (Produto Interno Bruto), dos piores da America Latina, superando apenas o Haiti, e se não me engano, a Bolívia!
Índice de Desenvolvimento Humano, um desastre; em 173 países pesquisados, o Brasil ficou em 63º lugar; a Segurança, verdadeira calamidade: nas mortes por assassinatos, o Brasil perde por longa margem entre as nações pesquisadas!!! O desrespeito  às leis, praticado pelo nosso atual governo, nunca se viu tanto na história deste País!
E o pior de tudo, é que a frenética propaganda passada ao povo, repetida e repetida, é aceita pelos incautos e ÁULICOS, que existem aos milhares por aí!!! POBRE PAÍS!!!
Por exemplo, as campanhas eleitorais nos últimos oito anos têm sido feitas invariavelmente com recursos do Estado, além de falcatruas bem urdidas, a sangrar a nossa felicidade!
Portanto, para os atuais mandantes do País, a gratidão é mera figura de retórica.
Os dois governos anteriores, de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, proporcionarem ao Brasil plena harmonia e estabilidade. Havia respeito, sem mentiras.
Seus feitos foram de magna importância social, embora tenham enfrentado várias crises mundiais, que refletiram pesadamente aqui.
Em 1994, num gesto de coragem e dedicação, esses dois governos recolheram todos os Cruzeiros em circulação, substituindo-os pelo REAL.
Isto aconteceu com o projeto Plano Real, de destaque mundial! Foi um Plano redentor, que corrigiu uma inflação endêmica, vigorante há muitos anos. Era tão alta e grave a inflação, que durante muito tempo, um salário de R$100,00 num dia 1º, só valia R$16,00 um mês depois!
                             HUM HORROR!!!
ISTO TUDO NADA VALE, PARA A ATUAL CÚPULA DIRIGENTE!!! Gratidão é sentimento inexistente no seu coração.
Nunca antes eu vi tanto culto à personalidade, tanta presunção e tanto desprezo diante das coisas feitas por outros.
Lembro-me da transferência de governo em 2003. O Fernando Henrique Cardoso, com carinho e educação, transferiu o Poder sem nenhum problema, ao atual mandatário. Ao invés de gratidão, o atual não se cansa de criticar o anterior, num sentido amplo de desmerecê-lo!
Coisas assim, não produzem nada para bons resultados futuros e nem felicidade aos autores. Por que será?
A partir daí, os conflitos se multiplicam e intrigas são a tônica! As elites são culpadas de tudo, é a campanha. O esquerdismo continua procurando dividir para governar. É incrível. Não evolui!!!
Na verdade, nunca se viu tantos privilégios como atualmente, sem nenhuma advertência do atual comando, que, parece, é dele que surge a atual anomalia. Como se justifica que um governo, que diz defensor dos pobres, admite aposentadoria de R$105 mil, e outras irregularidades contra o Tesouro?
ENTENDO QUE “DIREITOS ADQUIRIDOS’’ QUE MASSACRAM OS MAIS POBRES, NÃO PODEM SER ADMITIDOS. A ganância com falta de respeito imperam!
Por falar em gratidão e solidariedade entre as pessoas, lembro-me do que acontece entre nosso governo e Barack Obama. Esse homem, que foi eleito durante a pior crise que os Estados Unidos já enfrentaram desde 1929, não recebe nenhuma atitude de solidariedade do atual governo brasileiro! Ao contrário, ele tem preferido ficar com os socialistas/comunistas da América Latina, mais Iran, Coréia do Norte e outros, onde instalou embaixada, a prestar um gesto humano junto a um país que sempre nos ajudou, e sempre foi dos primeiros a prestar ajuda a países vítimas de catástrofes, como fez há pouco com o Haiti e o Chile, emprestando sua tecnologia para salvar os mineiros há 700 metros da superfície!
O pagamento antecipado de uma dívida de bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional, nos causou enormes prejuízos.
No entanto, nosso governo sai por aí, se vangloriando desse feito mal feito. Essa dívida nos custava 6 por cento ao ano de juros, e foi transferida e incluída junto ao déficit interno, que nos custa o maior juro do mundo!  Ele deveria estar arrependido e nunca propagar o seu feito mal feito junto aos seus sequazes que o aplaudem freneticamente!
A impunidade e a leniência são os fatores que mais nos atormentam. Com certeza esse prejuízo, além de não recuperado, também ficará impune.
“CONVERSA COM LULA, PRESIDENTE DO BRASIL” Esse texto, de 10 páginas é da minha autoria. Mandei ao nosso Presidente em 2007, dentro de uma vontade louca de vê-lo governar para todos os brasileiros, e não a apaniguados somente! Recebi uma carta da “Correspondência Histórica” que funciona no interior do gabinete presidencial, informando que o texto lá se encontra, aguardando a leitura do Presidente junto com sua equipe técnica, para analisá-lo. Peço que o Presidente Lula o leia, assim como medite procurando melhorar o seu comportamento de palavras e ações.  Sabe por quê? Para saber que antes do seu advento, este lindo País já existia.
O imposto do cheque chamado CPMF (Comissão Provisória sobre Movimentação Financeira), foi cortado pelo Congresso nacional, porque segundo justificativa, ele foi criado para ser aplicado na saúde e não foi. O Presidente reclama a falta desse imposto, junto ao seu eleitorado, como vítima de injustiça.
Parece-me que aí também, existe algo falso.
1º, porque a cada ano, a arrecadação aumenta mais;
2º, porque mandei-lhe em fins do ano passado, um trabalho que escrevi, intitulado CPMF- Restabelecimento urgente.
Se adotado, ele vai cancelar inúmeros outros impostos, que sangram a nossa economia, impedindo nossas empresas de progredirem harmonicamente.
Pois, bem, faz um ano que esse documento se encontra no seu gabinete, (em correspondência histórica), aguardando a leitura do Presidente com sua equipe econômica.
Eu gostaria ser útil para ajudar. Mas com tanta desídia, e indiferença, isto só será possível sob outro prisma.


                                              *** Mauro Martins ***
                                              21 de outubro de 2010