06/11/2008
Em
23 de maio de 2007, escrevi Igrejas e o Século XXI, onde eu
sugeria algumas modificações na condução
da orientação das Igrejas, principalmente nos aspectos
sociais, políticos e institucionais.
Eram
modificações simples, que seriam adotadas sem
dificuldade e sem prejudicar a doutrina.
Eu
achava que as Igrejas tinham uma força imbatível e não
usavam o seu poder para colaborar no atendimento das dificuldades do
mundo, que cada vez mais clama por socorro.
Agiam
como se estivessem em outra Galáxia, como se os graves
acontecimentos do mundo não lhes atingiriam.
Fazia
muitos anos que eu assistia perplexo a essa indiferença.
Nada
acontecia, até que comecei a ler sobre assustadora evasão
de fiéis de diversos países.
A
tal ponto, que templos estavam sendo vendidos pela fuga de
frequentadores.
Há
cerca de dois meses, o santo Papa esteve na França. De lá,
veio a informação de que nem aos domingos os fiéis
iam aos cultos.
Perece
que o povo não liga, não entende, é indiferente.
Só parece. Mas não é.
Chega
um dia em que ele para de ajudar, para dé contribuir, para de
frequentar. E depois? Como ficamos?
Por
isso, acho de uma irresponsabilidade gritante, o desdém que
fazem os seus dirigentes, diante das sugestões que lhes tenho
feito.
Acham,
por certo, que com o silêncio soberbo e malicioso, eles vão
defender as nossas Igrejas, sem modificação nenhuma,
porque aqui, não vão chegar os acontecimentos que vigem
em outros países.
As
Igrejas são do povo. Ninguém tem o direito de não
ouvir o que o povo tem a dizer ou sugerir.
A
propósito disto, eu conversava com um proprietário de
terras, assíduo frequentador da Igreja Católica.
Eis
o diálogo:
“Você
que é proprietário de muitas terras, está
sabendo que a nossa Igreja, através da CNBB, é a
criadora e mantenedora do Movimento Sem Terra? Você já
avaliou o enorme prejuízo que esse Movimento causa ao Brasil,
com suas invasões de fazendas, bloqueio de estradas,
destruição de cercas, de sedes de fazendas, incendiando
e matando animais.
Você
sabe que em julho último, a CNBB se reuniu em Brasília,
por vários dias com governos Africanos, aos quais deu
instruções de como criar lá o Movimento dos Sem
Terra? Pobre Povo!
Se
você está sabendo disso e de outras coisas e está
frequentemente na Igreja, você reza, mas está ferido no
sentimento. Você ama o Brasil.
Para
que suas orações tenham valor junto ao Pai Supremo,
você tem de estar livre e descontraído, confiando nos
seus dirigentes.
Você
que é uma pessoa de bem, temente a Deus, deve ser leal consigo
mesmo, chamando os padres e bispos, informando-lhes sobre seu repúdio
ao comando da Igreja, diante de procedimentos que não condizem
com a felicidade do povo, e nem com o progresso do País.
Assim,
você vai valorizar a oração que faz, além
de ser leal aos padres e bispos. Se isto não for feito,
comete-se o pecado da omissão e indiferença.
Você
não precisa se afastar da Igreja, mas sabendo das coisas e não
falando, você está sendo desleal consiguo mesmo, com os
padres e bispos, e todos os componentes da direção da
Igreja.”
A
todos eu peço que frequentem as suas Igrejas, não se
afastem delas, mas sejam sinceros, manifestando a sua reprovação
às coisas erradas.
Se
vocês fizerem isto, as suas orações adquirem um
valor maior, valorizando sua dignidade e sua condição
humana.
Como
é que vamos consertar as coisas, se aceitamos tudo em
silêncio?
Dirigente
algum, com seu orgulho ou vaidade, tem o direito de prejudicar uma
instituição tão grandiosa que o povo ajudou a
construir e manter.
Neste
texto, eu sugiro que ninguém deve abandonar a sua Igreja.
Todavia,
a moderação deve ser a boa conselheira.
Porque
se essa frequência se tornar muito constante, você perde
a noção de outros valores, tornando-se um fanático.
O cristão tem Obrigações gigantescas, nessa
procura da felicidade.
Se
é fanático, porém, se aliena perante o mundo,
tornando-se uma pessoa sem valor, pois, não se pode contar com
ela para nada.
Mauro Martins
23/10/2009
IGREJAS
E O SÉCULO XXI n° 3.
Por
pior que seja a nossa concepção contra uma pessoa,
nunca devemos hostilizá-la, desprezá-la ou humilhá-la,
sob nenhuma hipótese. Ao contrário disto, deveremos nos
aproximar dela, usufruindo dos valores que a pessoa possui. NINGUÉM
É RUIM NO TODO OU BONDOSA TOTALMENTE.
Isto
vale, quando há diálogo, debate e interesse de parte a
parte. Quando uma parte silencia, indiferente, a outra parte continua
(com razão), a julgar e agir até com perversidade.
Nos
meus escritos anteriores sobre as igrejas, que começaram em
maio de 2007, sempre propugnei mudanças no procedimento e
condutas dos dirigentes das igrejas, tendo em vista as exigências
do Século XXI. Principalmente no relativo à debandada
de devotos dos templos, verificada em países europeus.
Lá,
templos estavam sendo vendidos porque os fiéis não mais
estavam comparecendo para os cultos – missas e etc.
O
próprio Papa reclamava na França. “QUE
NEM AOS DOMINGOS OS FIÉIS COMPARECIAM”!!!
Com
receio de que esse fato viesse a acontecer no Brasil, é que
escrevi vários alertas a quase todos os mandatários
de igrejas, principalmente ao Cardeal de São Paulo e ao
próprio Papa.
Nada
me foi respondido, PARECENDO
UM PACTO DO SILENCIO, PARA DEIXAR TUDO COMO ESTÁ !
Não
respeitaram a minha sincera preocupação, nem o fato de
nesses escritos não existir nenhum ato falho, e nada que
pudesse comprometer os alicerces das igrejas !
Acompanho
preocupado, que aqui no Brasil, a conduta da Igreja Católica
não é das melhores. Principalmente ao social e à
política com suas ideologias comprometedoras.
Se
a Igreja Católica está pecando pela ação,
as demais pecam pela Omissão, parecendo satisfeitas com o que
fazem pelo povo.
Não
sei até que ponto a indiferença pode reinar!
Há
poucos dias, O MOVIMENTO DOS SEM TERRA praticou a maior insanidade
das muitas que vem praticando há anos, com sérios
prejuízos ao País e seu povo.
Devastou
milhares de laranjeiras com tratores, depredou casas da fazenda, além
de destruir dezenas de tratores, caminhões, e de roubar
objetos pessoais das famílias dos colonos.
O
BRASIL CHOROU ATÔNITO; O MUNDO CONDENOU COM IMPRESSIONANTE
Comoção!
Como
sabemos, a Igreja Católica criou e caminha unida com esse
Movimento dos Sem Terra! Tudo o que seus integrantes fazem e
praticam, podem contar com o apoio da Igreja, como tem acontecido!
Tanto
é Verdade, que a CPT, Comissão
Pastoral da Terra em
manifestação no Jornal “ O ESTADO DE SAO PAULO “ do
dia 8 do corrente, dá pleno apoio ao movimento dos Sem Terra,
condenando a imprensa por alardear repetidamente esse nefasto
acontecimento.
ISTO,
é muito grave!!! Mesmo assim, peço aos devotos que
continuem frequentando as Igrejas, mas chamem os Padres e Bispos, ou
outras autoridades, REPUDIANDO
FORTEMENTE ESSA IMORALIDADE!
Façam saber que os senhores e as senhoras conhecem e não
aprovam certos atos.
Não
tenho os números, mas fica fácil prever os prejuízos
enormes que o Brasil tem sofrido diante de tantas agressões
que essa leviandade tem praticado.
Nem
só as pessoas religiosos devem se manifestar, em
repúdio,
mas todas as pessoas de bem, que amam a Pátria.
O
silêncio diante de tantos desvios, faz-nos coniventes com as
maldades. NAO
ACHO JUSTO QUE AMANHA, VAMOS TODOS CHORAR, PORQUE ONTEM, SABIAMOS DE
TUDO E NADA FIZEMOS.
Mauro Martins