quinta-feira, 23 de maio de 2013

JUSTIÇA BRASILEIRA “SE EU FOSSE JUIZ”


 (05/05/2010)

Se eu fosse Juíz, eu ajudaria desprendidamente o País a mudar as leis tão reclamadas; ao mesmo tempo, ajudaria a combater os privilégios que muito humilham.
Tancredo Neves, defendia a mudança das leis, caso elas contrariassem os interesses do País.
Se eu fosse Juíz, bradaria gravemente contra a condescendência e a impunidade.
Se eu fosse Juíz, procuraria impedir a que meus pares praticassem “lobbies” ou outro tipo de procedimento, para obtenção de vantagens pecuniárias em favor da classe.
Se eu fosse Juíz, condenaria bravamente  a acolhida  de determinados pedidos de liminares, principalmente de origem política ou fisiolóca, pois, não é justo que tribunais do Brasil todo, e de modo simultâneo, acolham esses pedidos tratando do mesmo assunto, e dos mesmos indivíduos que não amam o País, tudo praticando para inviabilizá-lo. (Lembramo-nos frustrados, das liminares contra privatizações, por exemplo). Isto tudo tem colocado o Brasil na condição de refém dos gulosos caprichos.
Os senhores juízes não devem e não podem ser coadjuvantes de determinadas causas, que tanto prejuízo têm ocasionado; eles precisam evitar que a sua nobre missão seja banalizada. Quando isto acontece, o resultado é o atraso de um povo.
Se eu fosse Juíz, as multas, juros e correções dos compromissos com precatórios, não pagos, só incidiriam sobre desapropriações de bens de conversão elástica, e não sobre terrenos ou terras.
Para estes, essas incidências devem ser em porcentuais bem baixos, uma vez que a conversibilidade é difícil, e os valores, por isso, não se alteram. Essa anomalia pulula nos municípios brasileiros.
Cito um caso específico que acontece em Guareí – SP; há mais ou menos 20 anos, foi desapropriada uma área de terra, onde se construiu casas populares. O preço da desapropriação foi de aproximadamente R$ 40 mil: após tantos anos, essas terras valem no máximo R$ 150 mil.
Por informação do Senhor Prefeito, no cargo em 2001, além de tudo o que já havia sido pago, até aquela época, a Prefeitura devia ainda cerca de R$ 2 Milhões !!! Falava-me então o Senhor Prefeito: “ caso a ação seja executada, o Município ficará inviabilizado.!
Se eu fosse Juíz, não concederia ao imponderável, qualquer liminar por demanda da política, ou de inimigos do País.
Posso citar um exemplo que não faz muito tempo; Um Juíz de Marília, sentenciou contra o racionamento de energia elétrica, como se com isto os reservatórios, com suas usinas geradoras, fossem voltar com suas águas em níveis normais, para mover as turbinas!
Para completar esse quadro equivocado, o governo tratou de ingressar no Supremo Tribunal Federal, pedindo a constitucionalidade do racionamento.
Se eu fosse Juíz, me insurgiria contra as aposentadorias precoces, milionárias, e múltiplas. Além disto, procuraria impedir a que o cidadão aleito para cargo público, além dos ganhos da função, continuasse a receber sua aposentadoria, principalmente milionária. Quando terminasse o seu mandato, ali, sim, começaria a receber a aposentadoria, sem comulatividade.
Temos vários exemplos no mundo, em que alguns estadistas reduziram os próprios salários, em respeito às  dificuldades dos seus países ou cidades.
Em 26/06/2001, às 12 horas na Rádio Bandeirantes, ouvi que o Presidente de La Rua, da Argentina, decretou a redução dos seus salários em 50%, além de suspensão do seu 13º Salário.
O Brasil, há muito, precisa de um grande banho de civismo e cidadania.
Os Senhores Juízes, com sua força e dignidade do seu Ofício, poderão ser muito úteis nessa belíssima empreitada.
Os equívocos praticados têm sido inúmeros, com reais prejuízos para a Nação. Um dos piores, foi a aprovação da Demarcação Contínua da Raposa Serra do Sol, lá em Roraima, quando se exigiu a expulsão sumária dos produtores rurais da região, que lá estavam há dezenas de anos!
Os problemas a enfrentar são inúmeros; mas  nossa capacidade de solucioná-los são enormes. Basta que cada qual cumpra com seu dever social, numa cruzada de uma indormida Evangelização.
Assim acontecendo, seremos bafejados pela proteção Divina.



MAURO MARTINS

Nenhum comentário: