22/julho/2013
Ví, no jornal (OESP),
do dia 18/07/2013, a seguinte manchete:
“Haddad convoca
Conselho e diz que São Paulo pode ficar ingovernável”.
Dentre o que foi
falado por você, eu destaco: A DÍVIDA ERA DE 11 bilhões, já pagamos 20 bilhões
e ainda devemos 54 bilhões”
Parece uma dívida de
precatório da Prefeitura de Guarei...
Eu sempre falei que não
existe nenhuma lei, nenhuma instituição por mais sagrada que seja, que tem o
direito ou moral para inviabilizar um município, um estado, ou indústria ou
comércio, por cálculos apresentados por um débito.
Como você está falando:
devíamos 11, pagamos 20 e ainda devemos 54 bilhões !!!
Isto, arrepia ou
desespera qualquer administração responsável;
Aqueles que de 11 já
pagaram 20 bilhões sem reagir, não
merecem uma concepção favorável de ninguém de bom senso; imagina ainda estar
devendo 54 bilhões... não dá pra mensurar !!! parece coisa de outra galáxia...
Parabéns a você, por
ter se manifestado, bem diferente daqueles que nada falam, nada providenciam, deixa
prá lá) !!!
Não voto no PT. Não
votei em você. Ajo apenas como cidadão livre e decente, não sendo impedido de
prestar-lhe solidariedade e apoio.
Dentro dessa situação,
vou narrar um episódio acontecido comigo, em pleno regime militar, parece que
foi na década de 70.
Pode servir de base
para sua ação de alta responsabilidade.
O regime militar então,
lançou um projeto de construção de casas, e com ele, o BNH (Banco Nacional de
Habitação), para o financiamento a longo prazo das moradias. Os primeiros
financiamentos foram destinados aos militares.
Uns 10 meses depois, a
mídia divulgava dia e noite, que as famílias agraciadas não mais estavam
podendo pagar as prestações, tanto que subiam! Uma dívida original de 100, por
mais que se amortizava, sempre tinha um saldo devedor de 300 ou 500 mil. Era um
desespero total ! Igual ao seu ...
Assim, preocupado, fui
a Osasco, que era o polo das construções iniciais, para confirmar se o
divulgado era verdadeiro.
Cheguei de manhãzinha
numa casa, uma Senhora me atendeu, reclamou muito, e me forneceu a cópia do
contrato.
Falei pra ela que
levaria a cópia, porque eu não tinha levado uma lupa, tão pequenas eram as
letras, pareciam de encomenda. Antes de obter o seu sim, encostou à porta, um
jeep, conduzindo o General – dono da casa.
Na hora, ele me
autorizou levar o documento para análise. Após analisado, devolvi em seguida.
Como eu queria começar
uma briga, com solução urgente, fiquei
sabendo que para tanto, eu precisaria
comprar uma casa, para ter direito de brigar. Eu precisaria, para ter
direito, participar do esquema.
Comprei a casa, pois,
naquela época, a venda já havia sido autorizada a civis.
Lembro-me que paguei 3
prestações; antes de pagar a 4ª prestação, entrei com um questionamento; (as
prestações subiam tanto, que eu não podia continuar- queria o meu dinheiro de
volta). Assim, começou uma contenda. Escrevia direto ao Presidente da República,
sugerindo modificações no projeto, e tanto mais. Ainda, visitei guarnições das
forças armadas, manifestando preocupações. Em pouco tempo, eu fiquei em meio a
muitos comentários militares.
Tanto foi assim, que o
exército indicou-me um general Economista, ligado à Presidência.
Homem competente e
atencioso, telefonava ou vinha pra São Paulo encontrar-se comigo. Levava minhas
ideias ao Presidente.
Duas ou três ideias
minhas foram rejeitadas pelo governo; um dia, sem desânimo, eu continuava
escrevendo e sugerindo, até que o General me avisou que o Presidente estava
assinando um Decreto, segundo o qual, daquele momento em diante, nenhuma
prestação do Banco Nacional de Habitação, poderia ser superior a 25 por cento
do que o mutuário ganhava.
Batalha vencida, continuei
atento, pois, precisava receber de volta o que havia pago na compra da casa.
Era muito difícil que isto pudesse acontecer; a Imobiliária tinha atitudes
brutais, agressivas!
Num dia, numa grande
festa de entrega de muitas residências, eu subi no palanque das autoridades,
para fazer um discurso. A imobiliária, apavorada, pedia para eu descer, que devolveria o meu dinheiro com juros e
correções. Foi o que aconteceu ...
Com essa bonita
história de vida, espero que Haddad tenha em mente não existir nenhuma lei ou
autoridade que possa inviabilizar o que está montado ou construído. De 11 para
20 bilhões, não existe nada a ser acrescentado, e a Presidenta reconhecerá essa
realidade.
UNS POUCOS LUCRAM
MUITO;
MUITOS PERDEM MUITO;
IMENSIDÕES PASSAM FOME
E NEM TÊM UM BERÇO;
COM ISTO, A CRISE
MUNDIAL;
O PERIGO RONDA A
HUMANIDADE;
SERÁ QUE O EGOÍSMO, O
ORGULHO, A INDIFERENÇA COM VAIDADE CEGAM?
Paradoxo
Precisamos ser sinceros
e leais.
Por isso, não podemos
nos jactar como defensores dos pobres, sustentando uma conta escandalosa, que
cria miséria em São Paulo.
Até quando?
Mauro Martins
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